Lâminas de safira no transplante capilar! Qual a vantagem e quanto custa?

Em Estética por André M. Coelho

Descartáveis ou reutilizáveis? Diamante, safira, metal, ou silicone? Dependendo do tipo de operação, a quantidade de perícia cirúrgica, ou a localização física da sala de operação, diferentes lâminas tem diferentes vantagens. Especialmente as lâminas de safira tem ganho uma certa fama nos implantes capilares, mas até onde elas merecem essa fama?

Lâminas de safira para transplante capilar: publicidade ou faz a diferença?

De um modo geral, lâminas de diamante e safira são reutilizáveis e mais caro do que os seus homólogos de metal ou de silicone, descartáveis. Seu uso leva em consideração estritamente o tipo de cirurgia que será realizado no paciente. Fazer a publicidade de uma lâmina de diamante ou safira é muito mais bonito do que vender uma lâmina de silicone ou metal, afinal. E em um serviço de cirurgia plástica onde as pessoas se preocupam tanto com o resultado final, que nem sempre é o esperado, qualquer chance de otimizar os resultados é agarrada com todas as forças.

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Mas há muito mais publicidade do que real base científica nas afirmações médicas das vantagens de uma lâmina de safira ou diamante. Afinal, a competição entre os cirurgiões é mais acirrada. Nos últimos anos, mais profissionais vem se formando no Brasil, e estes profissionais precisam de mais clientes. Só vender o implante não adianta mais.

Há, contudo, um pouco de ciência por trás da escolha das lâminas. Como dissemos, o tipo de cirurgia vai determinar o tipo de lâmina a ser utilizada.

Lâminas de safira em cirurgia de implante capilar

Resultados como esse não precisam de lâminas de safira, obrigatoriamente. Precisam é de um bom cirurgião plástico. (Foto: www.youtube.com)

Lâminas de safira são melhores para implantes capilares?

A safira e o diamante estão entre os minerais mais duros na Terra. Assim, quando moldados, eles tendem a preservar sua forma por muito mais tempo. Da mesma forma, se forem afiados como lâminas, tendem a manter o fio por mais tempo. A base científica é um pouco complicada de explicar, mas tentaremos: microscopicamente, se você olhar a lâmina de safira, diamante, metal, ou de silicone, verá que todas elas terão imperfeições, mesmo que pareçam “retas” a olho nu. Com o tempo, no microscópio, essas imperfeições aumentam porque a lâmina vai perdendo material ao ser utilizada. Afinal, aquele ponto é muito frágil, mais fino. Mas se você olhar todas as lâminas depois de um certo tempo de uso, as lâminas de safira e diamante terão pouco ou quase nenhum desgaste.

Traduzindo isso para uma cirurgia, significa que os cortes serão realizados com mais precisão, sendo necessárias menos repetições de passagens de cortes sobre um mesmo ponto. Ao mesmo tempo, os cortes serão mais finos, o que permite que cicatrizes menores se formem ao final do transplante, possibilitando mais chances de cicatrização e recuperação do paciente. Esses cortes também possibilitam menos chances de contaminação das incisões, resultando em menos inflamação e rejeição dos fios para os pacientes.

Para o médico, a lâmina manterá o fio por mais tempo, possibilitando também sua reutilização, desde que seja feita a devida esterilização.

Contudo, lâminas de safira ou diamante não fazem toda uma cirurgia

Há um problema com as lâminas mais afiadas: elas dão menos feedback ao médico. Isso significa que ele tem menos resistência aos seus cortes, menos retorno. Uma comparação é quando você tenta cortar um pão com uma faca de requeijão: a resistência do pão é o feedback. Da mesma forma, se você cortar o pão com uma faca de pão extremamente afiada e com o pão muito bem seguro, ele oferecerá quase nenhuma resistência.

Na sua cirurgia, o problema disso é que se o médico não for muito habilidoso, ele pode cortar partes do couro cabeludo, pele, etc, que não são necessárias ao transplante, deixando sequelas, como cicatrizes, ou resultando na perda de tecido para transplante. Para o uso da lâmina de safira ou diamante, o médico também tem que ser devidamente treinado, pois elas tem formato diferente, exigem uma manutenção e manuseio diferente, e principalmente, demandam extrema habilidade manual do médico.

Lâmina de safira

Essa é uma lâmina de safira, menor, mais afiada, e com um fio que dura por mais tempo. (Foto: newvisionmeditec.en.madeinchina.com)

Lâmina de safira faz realmente a diferença na cirurgia de transplante capilar?

Vamos explicar fazendo uma analogia. Eu posso entregar o melhor martelo do mundo para você. Isso não vai fazer de você um melhor pedreiro, apesar de ajudar nos trabalhos dessa natureza. Agora, se eu te entrego o martelo, te inscrevo em um curso sobre como usar esse martelo melhor, mostro as funcionalidades extras do martelo, a manutenção do martelo, o que esse martelo pode realizar a mais nas suas obras, aí estamos começando um processo que torna você um pedreiro melhor.

Para o uso das lâminas de safira no implante capilar, é a mesma coisa. Há médicos que usam as lâminas de metal com maestria, e que obtém resultados melhores do que aqueles que usam lâminas de safira ou diamante, porque treinaram, fizeram cursos. Outros médicos preferem até técnicas inovadoras, talvez uma lâmina laser para a remoção do tecido. O que é importante você saber é que a ferramenta não vai fazer a cirurgia de implante capilar mais eficiente, menos dolorosa, ou reduzir as cicatrizes. Quem vai fazer isso, antes de tudo, é o médico. Verifique os certificados dele, veja os cursos que ele já fez, converse sobre o aperfeiçoamento que ele vem fazendo das técnicas de transplante capilar, e compare os resultados que ele obteve em diferentes pacientes. Assim, você terá uma visão real do resultado possível de um transplante capilar, muito melhor do que comparando se uma lâmina é melhor do que a outra.

Você conhece a lâmina de safira? Já conheceu alguém que teve fez um transplante de fios usando uma lâmina de safira? Como foi o resultado?

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

André é formado em pedagogia empresarial e instrutor de Muay Thai e Kickboxing. Vaidoso, começou a se interessar por moda e estética ainda na adolescência, quando teve que perder peso para sair da obesidade. Quando foi morar sozinho, teve de aprender a lidar melhor com sua alimentação e mudar seus hábitos e rotina. Escreve sobre a rotina e hábitos masculinos desde 2012.

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